A PATIFARIA MENTIROSA DO MINISTRO DO BAÚ PARA JUSTIFICAR A DESTRUIÇÃO DOS CORREIOS
Publicada dia 03/08/2021 14:01
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● Com discurso contraditório e ideológico, meias verdades e omissões como é comum a quem quer enganar, o Ministro das Comunicações Fábio Faria destilou mentiras em rede nacional para justificar a injustificável venda e a destruição de um patrimônio nacional essencial para o povo e o país!
● O ministro apresentou sua encenação no modo comum a esse governo em que o próprio presidente mente diariamente em suas lives e na imprensa, e depois de desmascarado volta atrás e desmente, para repetir tudo no dia seguinte, como tem feito nas história sem pé nem cabeça de pregar a volta do voto impresso. É tanta mentira que o YouTube anunciou que tirará o canal do presidente do ar.
Se pode melhorar, por que privatizar os Correios?
A insistência do genro do Silvio Santos na ideia de que para melhorar, tem que privatizar, visa a pregar o contrário da realidade. Privatização não fortalece a empresa, mas a destrói. E é isso que o governo almeja.
Faria reconhece que a empresa de Correios é orgulho nacional, com seus 100 mil funcionários e 358 anos de história de serviços prestados ao povo e ao país. Mas não revela que o governo do qual faz parte está a serviço das empresas que querem os Correios fora do caminho, para controlar o mercado de entregas.
São transnacionais que almejam ter para si todas as entregas nas grandes cidades e desse serviço extrair enormes lucros, com projeção de crescimento constante com o aumento das vendas pela internet, que vieram para ficar e ser dominantes.
A própria direção da ECT reconhece, no seu boletim interno de terça-feira, 3/8/2021, que não para de bater recordes operacionais. No dia 14 de julho, segundo ela, “foram tratadas 4,2 milhões de encomendas (SEDEX, PAC, PRIME e PACKET). No mês de julho de 2021, a média diária no volume destes objetos circulando pelos centros operacionais do país foi 37% maior que o mês de julho de 2020”.
O crescimento do segmento é constante e não vai parar. Por isso as empresas privadas querem controlar o setor. E por isso o governo quer vender os Correios para essas empresas e entregar toda a operação a elas. Essa é a verdade que o ministro tenta esconder.
O País e a população serão prejudicados
Se privatizar, a universalização vai acabar e a Constituição será desobedecida. Vão virar letra morta os artigos que colocam os serviços postais como exclusividade do estado, em contrapartida à garantia do acesso de todos os brasileiros a eles.
Nesse caso o ministro também fala o contrário da realidade. Se tirarem o Correio estatal do caminho, as empresas privadas só prestarão serviços nos grandes centros lucrativos, que são a minoria das 5570 cidades brasileiras.
Nenhuma empresa vai atuar em locais que não geram lucro. Isso iria contra a lógica de acumulação do capital. Seria um atentado inimaginável das empresas contra a sobrevivência delas próprias. Um disparate sem nexo. Assim como a afirmação de que um item do PL da privatização ou uma agência reguladora vão obrigar as empresas privadas a garantir a universalização. É tudo mentira e vai custar caro para os brasileiros!
Correio dá lucro e pode investir com recursos próprios
É mentira também que o faturamento é insuficiente para cobrir a necessidade anual de investimento, que o ministro diz ser de R$ 2,5 bilhões para que a empresa possa competir com as gigantes de logística que já operam no Brasil.
Se fosse verdade, o ministro do baú poderia tentar responder que empresa privada faria tal investimento se não fosse para ter um retorno ainda maior que ele. Não tem resposta porque empresas privadas só atuam pelo lucro. E só investem se for para obter retorno. Se o retorno é possível, a afirmação do ministro é um disparate cuja lógica é a enganação.
A empresa de Correios é competitiva e líder do mercado. É essencial para os pequenos empreendedores porque pratica preços acessíveis e tem produtos direcionados a eles. E para toda a população porque entrega em todos os locais, sem discriminação.
O Correio precisa e pode melhorar. Mas não é isso que o governo quer. O que ele está fazendo é retirar investimento e sucatear a empresa. Está destruindo os Correios para entregar o mercado para às empresas privadas.
Não é dessa maneira nem com privatização que o Correio vai crescer, competir, gerar empregos e ganhar eficiência e pontualidade. Não é pela privatização que vai expandir. Pelo contrário, se privatizar vai desaparecer o serviço postal universal, com custo menor, próximo de todos os cidadãos, social e democrático como existe hoje.
O caminho que deve ser seguido é de fortalecimento da empresa pública, para honrar as exigências constitucionais e continuar a garantir a comunicação postal a todos os brasileiros e condições de competição e sobrevivência para os pequenos produtores e comerciantes nacionais que dependem de um serviço de entregas acessível.
Não teve roubo nos Correios
A afirmação do ministro de que os Correios são berço de corrupção é leviana. O que houve foram desvios praticados por indicados dos governos e por bancos e empresas privadas. O próprio ministro Paulo Guedes está em investigação por participação, através do banco em que é sócio, de desvios no Postalis, o fundo de pensão da categoria. E são os trabalhadores que estão pagando tudo que foi desviado.
Ou seja, o PL que tramita na Câmara foi feito pelo governo, através do ministro da economia, o mais privatista e entreguista de todos, que atuou na ditadura no Chile, privatizou tudo naquele país e agora está em investigação do Ministério Público por corrupção nos fundos de pensão, o Postalis entre eles.
Como o patiFaria tem coragem de falar que houve corrupção nos Correios, e agora não há mais, com esse ministro banqueiro à frente do projeto de entrega dos Correios? Sem contar que a principal empresa de consultoria por trás do estudo para a privatização está em investigação do Ministério Público por superfaturamento em contrato com os próprios Correios. Colocaram a raposa para avaliar e vender o galinheiro!
Outro disparate está na afirmação de que o PL 591 garante a estabilidade dos atuais servidores dos Correios, em caso de privatização. Usaram essa enganação na privatização da Eletrobras, e o presidente vetou o artigo na fase final, ludibriando a todos que acreditaram.
Todos na luta em defesa dos Correios, porque o que é essencial para o povo não se vende!
Fonte: FINDECT