EM GREVE, TRABALHADORES DA ELETROBRAS ESTÃO NA LUTA EM DEFESA DA ELETROBRAS PÚBLICA E DE DIREITOS
Publicada dia 28/01/2022 23:00
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● A política de sucateamento e retirada de direitos da categoria tem sido a mesma em todas as empresas que o governo quer privatizar.
● Por isso os trabalhadores da Eletrobras estão em greve por pagamento da PLR, contra o aumento abusivo do plano de saúde e por melhores condições de trabalho, contra as escalas abusivas e a diminuição do valor das diárias de viagem, e em repúdio à ausência do teste de covid na empresa, mas de fato enfrentam a privatização!
A greve é contra mazelas que estão ligadas ao processo de privatização da empresa e, portanto, contra a venda das geradoras e distribuidoras de energia e que fazem parte do grupo Eletrobras.
É uma luta que diz respeito aos eletricitários, mas também a todos os brasileiros, pois é sabido que privatização não melhora serviços como prometem os privatistas, neoliberais em geral, especuladores, empresários e políticos de direita.
Assim como os Correios, Eletrobras é essencial para o povo brasileiro
A estatal de energia, Eletrobras, é a principal empresa do ramo elétrico do país. É ela quem garante, de forma estratégica, que a energia elétrica chegue em cada rincão do Brasil.
Segundo dados do último balanço financeiro, realizado com dados do terceiro trimestre de 2021, a estatal registrou um lucro líquido de R$ 965 milhões, mesmo oferecendo o serviço mais barato para seus consumidores.
Apesar disso, ela, assim como os Correios, é um dos alvos principais do plano de privatização do ministro da Economia, Paulo Guedes.
Efeitos drásticos das privatizações: Aumento de preços e serviços piores
Um exemplo das desgraças das privatizações ocorreu em São Paulo após a privatização da Eletropaulo. A Enel, que assumiu a companhia, promoveu aumentos abusivos de tarifas, mas nenhuma melhoria no sistema. Os usuários pagam mais por serviços piores.
Vale lembrar também que a companhia de energia do DF, a Companhia Energética de Brasília (CEB) foi privatizada há um ano e de lá para cá os apagões têm sido frequentes com demora para a religação do sistema devido ao reduzido quadro de funcionários na empresa para manutenção. Ou seja, a conta aqui para prestação de serviço é o lucro e não o interesse público e acesso a um direito.
A FINDECT conversou com o diretor Victor Frota, diretor do Sindicato dos Urbanitários do Distrito Federal (STIU-DF) e dirigente da CTB, que trava uma luta incessante para manter a Eletrobrás, empresa assim como os Correios, essenciais para a população.
“Nossa luta em defesa da Eletrobras vem de longe. Desde o governo Fernando Henrique Cardoso lutamos contra a privatização, lá naquela época perdemos as usinas da Eletrosul. Desde o impeachment da Dilma estamos mobilizados e vigilantes contra a venda desse importante patrimônio. E de lá para cá alcançamos algumas vitórias, mas a Eletrobras nunca saiu da mira do governo”, alertou o dirigente.
Por isso é fundamental o apoio e a solidariedade de todos os trabalhadores e seus Sindicatos à greve dos companheiros da Eletrobrás e de todas as estatais ameaçadas de privatização.
Para ajudarmos a manter a Eletrobrás pública é necessário que todos se conscientizem da sua importância, para isso nós temos o site do Salve a Energia, onde todos e todas podem acompanhar e compartilhar todos os conteúdos produzidos. Saiba mais em https://www.facebook.com/salveaenergia
Fonte: FINDECT