NO SEGUNDO E TERCEIRO DIA DE NEGOCIAÇÃO, A CAMPANHA SALARIAL MOSTRA QUE SERÁ UMA DURA BATALHA
Publicada dia 04/07/2019 17:20
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A direção da empresa já havia proposto mudanças significativas em 19 cláusulas do Acordo e manutenção de apenas 45 – Hoje vieram mais ataques e os itens econômicos devem ser apresentados até dia 11.
A FINDECT representada pelos companheiros Elias Diviza (SP), Anésio Rodrigues (Bauru) e José Aparecido Rufino (Tocantins) se reuniram novamente com a direção da empresa para dar continuidade ao processo de negociação do ACT 2019/2020. E o que foi apresentado às representações sindicais são uma afronta aos direitos dos trabalhadores.
Para o Vice-Presidente da FINDECT, Elias Diviza, “A impressão até o momento é de que a batalha nessa campanha será extremamente dura, o que exige mobilização e unidade da categoria em um nível altíssimo, para a garantia dos direitos.”
Isso ocorre porque os representantes da empresa já estão repetindo a tentativa de rebaixar direitos, vista em anos anteriores. Para tanto insistem em bater na tecla do déficit acumulado, apesar do aumento de receita e da redução do número de empregados. Déficit cuja ordem e natureza foi elucidado em uma série de artigos publicados no site da FINDECT, que desmentem esse argumento, baseadas em vários documentos, inclusive com relatório da CGU – Veja AQUI a série.
Retirada de direitos
De cara, apresentaram propostas de mudanças significativas no ACT. Na reunião do dia 03 de julho declararam que querem manter 45 cláusulas e indicaram 19 nas quais querem adequação (mudanças na redação). Inclusive já vieram com várias bombas.
Apresentaram proposta para mudar profundamente várias cláusulas do ACT. Entre as mudanças está a supressão da palavra “Mulheres” da redação da cláusula 04 que dá prioridade para as trabalhadoras na obtenção de bolsa de estudos. A alteração da redação da cláusula de combate ao racismo, acabando com a mesa temática sobre o tema. O fim da conquista da garantia de estabilidade por mais 6 meses, além do previsto em lei, para os representantes dos trabalhadores e cipeiros. Mudança da terapia comunitária integrativa para “Roda de Fala” na cláusula de prevenção à saúde (parece piada, mas é verdade).
Na reunião de hoje, 04/07, as propostas apresentadas foram ainda piores, como a exclusão da cláusula de responsabilidade civil em acidentes de trânsito, e acabar com a comissão paritária que tem resolvido inúmeros casos e livrado trabalhadores de arcar com custos impossíveis para seus ganhos. Também querem acabar com o vale cultura, com os 70% de adicional de férias, diminuir o adicional noturno de 60% para 20%, retirar o ticket peru, acabar com o ticket nas férias e reduzir a quantidade de tickets fornecidos mensalmente e aumentar o compartilhamento para 5, 10 e 15%.
Mas tudo pode ficar ainda pior, pois o reajuste salarial, demais itens econômicos, assistência médica/hospitalar e odontológica e registro de ponto só serão apresentados no dia 11 de julho.
Mobilização total
É óbvio que a união, a mobilização e a luta da categoria serão mais necessárias que nunca. Por isso os debates e a organização devem começar já em todos os setores.
O calendário unificado de lutas prevê assembleias de avaliação da Campanha Salarial, 08 a 17 de julho, e novas assembleias de 22 a 26 de julho. O fechamento do acordo ou a greve serão decididos até 31 de julho.
Os sindicatos filiados à FINDECT convocarão assembleias em breve! Organizar a galera e participar em peso para mostrar a força e a disposição de luta da categoria é tarefa de cada um!